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segunda-feira, 4 de maio de 2015

EXISTE UM SEXTO SENTIDO?

O cérebro humano
Tato. Paladar. Visão. Olfato. Audição. Esses são os sentidos tipo mapa mental , e o que é mapa mental , que nos ligam ao mundo. Mas existem mais que  sentidos? Os pesquisadores estão aprofundando-se nas dobras ocultas do nosso cérebro, descobrindo que os cegos na verdade conseguem ver, Que os pensamentos podem viajar pelo espaço, e que, de algum meio, talvez tenhamos o poder psico de pressentir o futuro. Existe um sexto sentido?  ATRAVÉS DO BURACO DE MINHOCA  Espaço, tempo, a própria vida. Os segredos do cosmos através do buraco de minhoca.  EXISTE UM SEXTO SENTIDO?   O cérebro humano é um órgão incrível. Ele contém tantas células nervosas quanto as estrelas existentes na Via Láctea. Visões, sons, odores, tudo que ocorre no mundo à nossa volta causa ondas de atividade que percorrem essa imensa rede dentro de nossa cabeça. Poderia tal rede interagir com o mundo por meios que ainda não compreendemos? Só estamos começando a entender do que essas células realmente são capazes. Enquanto o cérebro permanecer um mistério, o sexto sentido não pode ser reduzido à superstição. Cientificamente, isso é totalmente possível. Eu era um bom garoto. Mas, de vez em quando, eu saía da linha. Mas mesmo de costas   eu sabia quando havia sido pego. Eu conseguia  sentir seu olhar acusador. Isso era um psico sexto sentido? Na Universidade Tilburg, na Holanda, Beatrice de Gelder está pesquisando como as emoções passam de pessoa a pessoa. Ela estuda a visão cega. Um estranho fenômeno em que alguns cegos conseguem ver emoções nos rostos de outras pessoas. Costumamos pensar na percepção visual como uma questão de olhos intactos. Os olhos só veem porque estão ligados ao cérebro. A maioria dos pacientes de Beatrice não parecem cegos. 



Externamente, seus olhos parecem normais. Mas, internamente, há uma lesão psico oculta. Em um cérebro saudável, uma complexa sinfonia de sinais corre dos olhos para uma região chamada córtex visual. Mas se o córtex visual for lesionado, geralmente resultado de um derrame, os sinais não mais podem ser captados. Um derrame geralmente afeta apenas um lado do córtex, deixando o paciente cego de um olho. Beatrice está investigando se o cérebro possui outros meios de captar sinais de tal olho. Ela usa uma divisória para separar o que o olho cego e o funcional do paciente conseguem ver. O computador mostra imagens de rostos de felicidade, tristeza ou raiva a apenas um lado. Apresentamos um estímulo. A imagem de alguém sorrindo, alguém esboçando alegria. Eletrodos no rosto do paciente captam quaisquer contrações dos seus músculos, identificando se ele reage às emoções exibidas. Constatamos que o rosto dele estava imitando. Ele estava usando os mesmos músculos sem saber, claro, que o modelo que está vendo na tela usa para produzir esse sorriso. O incrível é que os rostos emotivos estão sendo mostrados apenas ao lado cego do paciente. O olho bom vê apenas expressões neutras. Mas, seguidamente, os pacientes de Beatrice imitam as emoções que o olho cego está olhando. Mas a reação não é consciente. Perguntávamos à pessoa: "Tinha certeza, ou estava chutando?" Sistematicamente, obtínhamos a resposta de que era chute. Beatrice acredita que a visão cega é um complexo sensorial subconsciente profundo arraigado numa parte oculta do cérebro que recebe sinais dos olhos apenas quando a imagem é carregada de emoção. Mas onde poderia estar essa parte do cérebro? Estamos tentando explorar as diferentes camadas do cérebro. Partindo da superfície, tentamos entrar incógnitos. É como um trabalho secreto ou disfarçado. Sobre o que se alicerça? Quais as camadas mais antigas? Beatrice relevou tais camadas mostrando imagens de expressões faciais a pacientes com visão cega submetidos à ressonância magnética. Normalmente, a informação dos olhos percorre o nervo ótico indo direto ao córtex visual. Mas quando os olhos veem emoções humanas, os sinais desviam o percurso e vão para a amígdala, o colículo superior e outras seis estruturas do cérebro. O sistema visual humano consiste ao menos de  caminhos diferentes. Começamos a entender apenas um deles, os outros oito são completamente imperceptíveis. Apenas quando este precisa ser desviado que os caminhos alternativos têm uma oportunidade. Beatrice identificou caminhos psico mentais subconscientes que nos possibilitam não apenas ver estímulos emocionais mas pressenti-los. Todos temos esses caminhos, mesmo que normalmente sejam sobrepujados pelo nosso sentido primário da visão. É a primeira evidência científica de um novo sentido além dos  conhecidos. Devemos prestar atenção aos rumores sobre um sexto sentido pois ainda não temos uma noção clara das capacidades do cérebro. O trabalho de Beatrice mostrou que nosso cérebro pode pressentir coisas até mesmo quando não temos consciência delas. Isso implica que uma pesquisa em busca de um º sentido depende do conhecimento dos limites entre a percepção consciente e a experiência subconsciente. Uma vez ao mês, um grupo de elite de filósofos encontra-se num pequeno bar em Greenwich Village. Olá, Nova York. Eles se autointitulam a "Consciência Coletiva de Nova York." À frente deste improviso de jazz temos David Chalmers. Talvez ele nunca lote o Madison Square Garden, mas sua pesquisa está lhe rendendo fãs nos meios acadêmicos. Ele tenta entender a natureza e os limites da consciência. A consciência é o maior mistério do mundo, e por ser um problema tão difícil, os cientistas tendiam a deixá-la de lado. A ciência é objetiva. A consciência é subjetiva. Nos últimos  anos, os cientistas começaram a retomar a consciência como um problema autônomo. David acredita que a saída para se entender a consciência é pensá-la em camadas. Camadas construídas pelos dados que nossos sentidos reúnem. A consciência apresenta diferentes níveis. Primeiro, tem-se a consciência primária. É a consciência das coisas ao nosso redor. Eu olho, posso ver alguém e o que há ao seu redor. É o meu primeiro nível de consciência. Mas se eu parar para refletir, eu poderia ficar consciente da minha consciência. Podia ficar consciente do que estou pensando. Então, temos a consciência dentro da consciência. Se eu refletir outra vez, posso começar a ficar consciente de que estou consciente da minha consciência. Assim, temos consciência que contém consciência que contém consciência. Três níveis de profundidade. Em tese, podemos repetir isso ao infinito. Por nosso cérebro lidar com tantas camadas, é óbvio que nem sempre estamos cientes de tudo que pressentimos. Algumas coisas estão no fundo de nossa consciência, bem longe. Algumas coisas passam por nossa consciência atraem nossa atenção por um instante, depois, seguem. Algumas coisas estão no foco de nossa consciência. Atraem nossa atenção. Não vão embora. Mas como descobrimos o que estamos perdendo? Por que apenas certa atividade neural consegue chegar à nossa consciência? O que ocorre no nosso cérebro quando estamos conscientes de algo ainda é um completo mistério. Uma das questões básicas sobre a consciência é se podemos explicá-la em termos de processos físicos pois na ciência nos habituamos à ideia que começamos com alguns elementos básicos da física, como espaço, tempo e matéria. Combine-os e poderá explicar tudo. Pode-se explicar a química e a biologia. Creio que no caso da consciência, esse método de raciocínio se rompe. Para mim, temos um novo elemento estrutural na natureza da consciência, e precisamos entender as leis fundamentais que o regem. Este cientista acha que descobriu um novo e surpreendente aspecto da consciência. Ele acredita que ela não existe apenas dentro de nossa mente mas também se exterioriza. E ele afirma possuir evidência para provar isso. O que é um pensamento psico ? Os neurocientistas diriam que é apenas um padrão de atividade elétrica em nosso cérebro. Mas seu eu franzir a testa ou sorrir, meus pensamentos podem atravessar uma sala. Na verdade, eles estão afetando você neste instante. Alguns cientistas acreditam que é assim que o º sentido funciona, que os pensamentos humanos fundem-se numa consciência coletiva que abrange o globo. Roger Nelson passou os últimos  anos procurando evidência de uma mente global. A consciência vive no mundo real. O contato é muito tênue, mas por ser um contato real, ele é muito importante. A maioria não acredita que isso seja possível. A pesquisa mostra que é possível. Em meados dos anos , Roger começou a investigar um estranho fenômeno relatado por outros pesquisadores. Eles tinham notado que as leituras de aparelhos eletrônicos chamados de geradores de números aleatórios podiam ser afetadas por alguém próximo a eles, se tal pessoa concentrasse seus pensamentos neles. No decorrer de uma longa série de experiências, por anos, descobrimos que as pessoas podiam mudar o comportamento dos geradores de números aleatórios de leve, mas de forma importante. Os geradores de números aleatórios são jogadores eletrônicos de cara ou coroa. Em vez de cara ou coroa, eles jogam uns ou zeros. Seus resultados deviam ser totalmente aleatórios. Roger ponderou que, se alguém próximo podia alterar suas leituras, então talvez os pensamentos em massa de cidades inteiras pudessem fazer o mesmo. Será que geradores de números aleatórios posicionados ao redor do mundo poderiam rastrear a mente de milhões de pessoas? O que fizemos foi criar uma experiência científica com uma hipótese bem simples. A ideia era que, se um grande número de pessoas comunga um estado de consciência, sobretudo emocional, a nossa rede apresentaria desvios da aleatoriedade. No final dos anos , Roger havia convencido vários colegas mundo afora a coletar dados numéricos aleatórios em seus laboratórios. Nascia o projeto "Consciência Global". Este é o mapa que mostra onde o projeto Consciência Global tem laboratórios mundo afora. Aqui, temos o Havaí, a Austrália, Nova Zelândia, vários na Europa. Há um gerador de eventos aleatórios ou de números aleatórios ligado a computadores nesses locais. Essa rede global opera todos os dias, coletando dados e enviando-os a um servidor no laboratório de Roger em Princeton. Recebemos dados em tempo real, e, a cada segundo, surge um sinal colorido. Em sua maioria, pequenos, mas quando há um grande desvio nos dados como este. Oh, meu Deus, mais um. É incomum ver tantos desvios em curto período de tempo. Toda vez que ocorre um grande fato mundial, Roger verifica se sua rede desvia do padrão normal. E muitas vezes, ela desvia. Algumas das mais fortes alterações ocorreram durante a eleição presidencial de . Quando a votação foi encerrada, a imprensa dizia que seria vitória de Obama. Este gráfico mostra os dados da hora que as urnas foram encerradas até  horas depois. No meio disso há o discurso de vitória de Obama.  Nunca fomos apenas um grupo de indivíduos. Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.  Surge uma forte tendência. Subindo desta forma. A probabilidade é de  em  de termos esse acúmulo de efeitos positivos em um conjunto de dados deste tamanho. Temos mais de  experiências independentes. Quando reunirmos todos os dados dos  anos dessas experiências, o resultado final terá probabilidade de  em  bilhão. Os dados de Roger indicam a existência de uma certa forma de consciência global. Mas como ela deve funcionar? O biólogo Rupert Sheldrake acredita que a resposta está num campo oculto produzido por todos os seres vivos. Ele o chama de "campo mórfico." Campos são regiões de influência. É fácil ver o que eles são usando os campos magnéticos. Estas bolas são pequenos ímãs, quando eu as jogo no prato, as bolas se atraem ou se repelem. Elas se viram e assim juntam-se criando padrões. Os campos têm auto-organização. Eles são inerentemente integrativos. Estou sugerindo que existe um tipo de campo chamado mórfico, que organiza os corpos de animais e plantas e organiza as atividades cerebrais e mentais. Rupert acredita que os campos mórficos são o que possibilitam as aves voar em perfeita formação, o que orienta as migrações em massa de grupos de animais, ele também acredita que eles são o motivo de termos aquela estranha sensação quando alguém olha para nós. Ele até realizou uma série de experiências para tentar provar que este sentido é real. Não está olhando. Olha-se ou não em uma sequência aleatória para alguém, e ele tem de adivinhar a cada tentativa se estão ou não olhando para ele. Não está olhando. Quem olha deve concentrar sua mente na pessoa que está olhando. Quando faço isso, também penso no nome da pessoa. Está olhando. E concentro toda a minha atenção nela. Quando não estou olhando para ela, olho para o chão ou fecho meus olhos, e penso em algo totalmente diferente. Não está olhando. Excelente.  acertos e  erros.
 Algo acontece, e embora o efeito não seja expressivo, é consistente e se repete ao longo de grande parte dos testes. Rupert reuniu um conjunto de provas que mostra que as pessoas parecem saber quando estão sendo observadas. Para ele, isso embasa a ideia de que nosso corpo é cercado por um campo mórfico, uma extensão invisível de nós mesmos. Estou sugerindo que nossa mente age através de campos ampliados que se estendem além de nossa cabeça rumo ao mundo que nos cerca, ligando-nos aos outros e ao nosso meio. Muitos cientistas descartam as ideias de Rupert, afirmando que se existissem campos mórficos, já os teríamos detectado a essa altura. Mas em um laboratório escuro em Sudbury, Ontário, este pesquisador acredita ter detectado e que tem prova que os pensamentos podem voar de uma mente a outra. A todo instante de todos os dias, estamos cercados por uma força invisível. Nosso mundo é envolto por um campo magnético. Para muitos seres terrestres, a vida seria impossível sem ele. As aves, as tartarugas marinhas e os peixes dependem desse magnetismo mundial para se deslocar. Será que nossa mente também poderia usá-lo? E seria ele, talvez, a fonte do sexto sentido? Michael Persinger comanda o grupo de pesquisa de neurociência na Universidade Laurentian, no Canadá. O poderoso efeito do campo magnético da Terra sobre os animais, o inspirou a investigar se ele também poderia nos influenciar. Os animais usam o campo magnético tridimensional da Terra como uma espécie de dispositivo de navegação ou de homing. Há provas muito boas disso. A ligação que Michael sugere possa existir entre o campo magnético da Terra e o cérebro humano é bem mais polêmica. O sexto sentido  é a capacidade de detectar informação a distância, essa é uma das definições  por mecanismos ainda desconhecidos. A pergunta crítica é como isso é feito. O campo magnético da Terra é o meio ao qual todos estamos expostos, todos os  bilhões de nós. É isso que possibilita a troca potencial de informação. Segundo essa teoria, o campo magnético da Terra é como um oceano repleto de ondas. A atividade elétrica do cérebro pode surfar sobre ele, passando de uma pessoa a outra. É uma ideia radical, mas Michael criou uma experiência elaborada para testá-la. Faça de tudo, menos perfurar a cabeça dele. A trepanação é proibida no Canadá. Sua equipe pôs duas pessoas, Mandy e Mark, em salas distantes  metros. As salas estão isoladas acústica e visualmente uma da outra. Elas também estão completamente protegidas do campo magnético da Terra. Michael o substitui com um campo magnético controlado com precisão, criado por ele, gerado por bobinas elétricas nesta faixa para cabelo. Dessa forma, ele se certifica que Mandy e Mark vivenciem campos magnéticos idênticos. Criando a mesma configuração complexa de um campo magnético em dois cérebros diferentes a certa distância, basicamente imita-se o que ocorre na natureza, no campo magnético da Terra. Vou apagar as luzes, e registrarei seu eletroencefalograma. Poderemos ver se sua atividade cerebral é a mesma por compartilharem o mesmo campo magnético. Durante os próximos  minutos, uma luz piscará várias vezes em Mark enquanto Mandy segue sem perturbação em sua sala escura. Michael e sua equipe monitoram a atividade cerebral de ambos. Após três minutos, a luz começa a piscar na sala de Mark. Podemos ver uma elevação ali. Cerca de  minutos depois, a luz pisca outra vez. Mesma intensidade. Vemos elevações mesmo neste aqui. A atividade cerebral de Mandy aumentou bem na hora que Mark via a luz piscante. Agora, a equipe do Dr. Persinger precisa saber o que Mandy vivenciou enquanto estava no escuro. Após cerca de  minutos, no meu campo visual esquerdo, percebi uma luz brilhante. Durou pouco tempo, senti como se ela tivesse sumido na escuridão outra vez. Depois, aproximadamente aos  ou  minutos, senti um clarão no meu campo periférico direito. Quando a luz piscava para um deles, produzindo essas alterações, a atividade cerebral do outro, mesmo no escuro, também mudou. A experiência parece mostrar que dois cérebros em locais separados podem compartilhar uma experiência individual. Os pensamentos humanos não são não-físicos. São unidades físicas de potencial de ação do próprio nervo. Podem ser transmitidos pelo espaço? Sob certas condições, sem dúvida, e há prova disso. Se temos  bilhões de cérebros humanos imersos no campo magnético, e eles estão, então uma alteração em um, se estiver conectado, e estamos, pois as linhas do fluxo magnético passam pelo nosso cérebro, então uma alteração em um poderia influenciar todos. Michael Persinger acredita ter prova de uma forma primitiva de sexto sentido, uma capacidade de dividir sensações simples com gente que está distante de nós. Mas nossos sentidos podem não ser apenas capazes de viajar pelo espaço. Podem ser capazes de percorrer o tempo e pressentir o futuro. A ciência está cheia de ideias que parecem difíceis de acreditar. Por exemplo, a mecânica quântica. Nesse estranho mundo da física subatômica, uma partícula pode estar em dois lugares ao mesmo tempo  Até que olhemos para ela. A maioria dos físicos dirão que onde a partícula termina é apenas um jogar de dados. Mas há outra teoria. Minha mente consciente poderia estar controlando esse mundo subatômico. E o sexto sentido poderia ser o que faz o Universo funcionar. Michio Kaku é físico teórico. Como um pioneiro da teoria das cordas, que propõe que o mundo é eneadimensional, ele acredita que os cientistas precisam manter a mente aberta quanto ao sexto sentido, independente do quanto ele pareça estranho. Nós, físicos, somos revolucionários conservadores no sentido de que temos de ser abertos a todo tipo de fenômeno maluco e estranho. Quem teria imaginado algo chamado radioatividade? Imaginado que temos forças quânticas? Temos de ser abertos a tais coisas. A teoria física mais bem sucedida de todos os tempos chama-se mecânica quântica, a teoria do átomo, pois baseia-se na ideia das probabilidades, de que não precisamos saber onde está um elétron. E os elétrons podem existir, de certa forma, em múltiplos estados ao mesmo tempo. A natureza imprecisa das partículas subatômicas pode fornecer um meio de explicar o sexto sentido. Erwin Schrodinger, um dos fundadores da mecânica quântica, criou uma hipótese que reforça as estranhas leis de sua teoria. Digamos que colocamos um gato e um frasco de veneno numa caixa. Acrescentamos um átomo de urânio radioativo e um contador Geiger. Se o urânio decair, irá acionar o contador Geiger, que irá liberar o veneno e matar silenciosamente o gato. Antes de abrirmos a caixa e olhar, não podemos saber se o urânio decaiu ou não pois o decaimento radioativo é um evento quântico probabilístico. Eis a pergunta. O gato está morto ou vivo? Segundo a mecânica quântica, o gato não está morto nem vivo mas a soma dos dois estados. Nessa altura, você dirá que é mentira. Que é absurdo. Como se pode estar morto e vivo simultaneamente? O gato de Schrodinger devia mostrar que nada neste Universo é certo até que alguém avalie. Mas outro pioneiro da mecânica quântica, Eugene Wigner, acredita que isso pode nos ensinar algo a mais sobre o funcionamento do Universo, que a consciência controla tudo. Wigner propôs dar um passo além. "Se eu, um ser humano, olho para o gato, estou consciente. "Portanto, a consciência determina a existência." Nessa altura, Einstein irritou-se e disse: "Como? "Está dizendo que o fato de ser um ser consciente "determina o fato de o gato estar vivo?" A resposta é "sim", e Wigner deu mais um passo. Qual seja: "Como sei que estou vivo?" Eu e o gato fazemos parte do mesmo Universo. Se não sei se o gato está vivo ou morto, eu também poderia estar morto e nem sequer saber. Então, quem determina que estou vivo? O amigo de Wigner olha para mim, eu olho o gato, e nós existimos. Mas quem olha para o amigo de Wigner? Há uma cadeia infinita de pessoas vendo pessoas que veem pessoas até, finalmente, chegarmos à consciência cósmica. Parte da consciência é etérea, envolve o Universo, que nos olha e diz: "Ahã, o gato está vivo." Wigner acreditava que a consciência é uma parte indissociável da realidade, que nada acontece no mundo físico a menos que uma mente consciente o observe. A maioria dos físicos consideram que a consciência cósmica é uma ideia intrigante que nunca será comprovável. Mas, em Princeton, Nova Jersey, Roger Nelson pode ter evidência concreta. No vasto conjunto de dados coletados por seu projeto de Consciência Global, uma data se destaca acima das demais. Exploramos os dados próximos a  pois houve alterações. Isto mostra um pouco mais que uma semana em torno do . Aqui, bem no meio, está o  de setembro, este pequeno quadrado representa o período em que o primeiro avião colidiu até a hora em que a última torre caiu. Naquele dia fatídico, a rede global de Roger registrou dados numéricos aleatórios segundo a segundo. Aqui, temos alguma atividade que não parece normal, e, neste ponto, às h da manhã, os dados mudaram e subiram de uma forma que parece altamente expressiva. É uma aberração no trajeto aleatório, que parece centrada no , acontece assim para estar centrada no , ela começou após a colisão do primeiro avião. Não temos uma explicação para isso. O  foi o primeiro e único momento em que a rede de consciência global reagiu a um evento antes de ele começar. Roger acredita que isso mostra que a consciência humana não reage apenas a grandes eventos, ela é uma parte indissociável deles. Mas a natureza dessa ligação ainda não está clara. Uma das questões difíceis com a qual lidamos é como ela funciona. Seria uma consciência global que podemos imaginar mas que não podemos perceber diretamente? Seria a consciência global tendo uma premonição? Para ser franco, não sei dizer quais dessas coisas poderia ser. Seria isso a primeira prova de uma consciência cósmica? Algo que faz parte do próprio tecido do Universo? Este homem acredita que sim. Ele afirma ter prova de que cada um de nós tem um poder mental extraordinário de prever o futuro. O futuro está sempre por aí  apenas fora do nosso alcance. A pergunta é: Podemos percebê-lo antes que ele se torne o presente? Todos nós pressentimos quando algo está para acontecer. Agora, os pesquisadores afirmam ter prova de que tais pressentimentos são mais que superstição. Eles poderiam estar vindo do nosso sexto sentido. Dean Radin, cientista sênior do Instituto de Ciência Noética, é uma das principais vozes no estudo do º sentido. A maioria, em dado momento tem uma experiência que pode classificar de intuição ou pressentimento. Algo bem comum é dirigir pela estrada, deparar-se com um cruzamento, ter um mau pressentimento e reduzir a velocidade. Algo parece assustador. Um caminhão corta o sinal vermelho. Ele teria nos atingido se não tivéssemos reduzido.
 Mas o que é isso? Às vezes, é coincidência. Às vezes, as pessoas inventam coisas. A experiência do pressentimento é uma forma de ver, em tese, se isso é ou não é porque estamos prevendo a nossa experiência futura. Levante seu braço. Dean desenvolveu um método científico para testar se as pessoas podem antecipar fatos futuros, habilidade que ele chama de "pressentimento". Hoje, ele está trabalhando com uma voluntária, Janet. - Divirta-se. - Obrigada. Ele pediu a ela que olhasse uma série de imagens no monitor de um computador enquanto ele registra as reações fisiológicas do seu corpo. Ela está vendo uma série aleatória de fotos. Algumas são amenas, algumas contêm carga emocional. Dean mapeia os condutores na pele de Janet, uma medida do seu nível de estresse, comparando ao tipo de imagem que ela está vendo. O que Dean e qualquer outra pesquisa psicológica devia esperar encontrar era uma mudança brusca na reação logo após uma imagem chocante. Mas não é isso que ele encontra. Esta linha mostra quando a imagem surgiu. Se a imagem surgiu aqui, acharíamos que não deveria haver diferença na média geral das imagens emotivas e na média geral das imagens amenas. Mas quando ela vê uma imagem emotiva, há uma alteração. Se voltarmos no tempo,  segundos antes, podemos ver que a partir desse instante se será uma imagem emotiva, ela já está ficando emotiva em comparação à amena. Essa diferença é o que chamo de reação de pressentimento. Segundo a pesquisa de Dean, o corpo de Janet reage às imagens  segundos antes de ela as vir. É o mesmo efeito que encontrou em centenas de testes durante os últimos  anos. Todos os pesquisados mostraram essa reação de pressentimento. Parece que a informação está vazando de volta no tempo. Essa experiência indica a existência de um efeito antecipatório de  segundos. Não sabemos qual é o limite. Se a nossa mente pode enxergar o futuro  Como podemos explicar isso cientificamente? Na década de , durante a Guerra Civil Americana, o físico James Clerk Maxwell, na Inglaterra, decifrou toda a teoria da luz e do eletromagnetismo. Maxwell mostrou que a luz, essa coisa misteriosa que permeia nosso Universo, é, na verdade, uma onda. Hoje, sabemos que a luz é apenas um onda de eletricidade e magnetismo oscilando em conjunto. Imagine uma dançarina agitando uma fita gigante. Ocorre o movimento da mão, e depois, a onda começa a se desfraldar. Mas vou contar um segredinho. Existe uma segunda solução para a equação de Maxwell que tem assombrado a física nos últimos  anos. Também existem ondas estranhas avançadas. Soluções que nos possibilitam ver o futuro. Na solução de onda avançada, a fita se move antes da mão da dançarina. A informação viaja do futuro ao presente. Poderia essa solução alternativa a uma das leis básicas da física explicar os resultados de Dean Radin? Nos anos , o gênio da física Richard Feynman descobriu que a solução das ondas avançadas era de fato um indício matemático da existência de uma nova matéria. A antimatéria. O que parece ser matéria viajando de volta no tempo é, na verdade, antimatéria agindo normalmente. Matéria voltando no tempo é a mesma antimatéria que avança no tempo. Achamos que talvez seja possível ver o futuro, falar com nossos descendentes do presente. Mas havia Feynman, que afirmava que não. Feynman recebeu um Nobel pelo seu trabalho. Mas Dean Radin não está convencido que as ondas avançadas correndo para trás no tempo, oriundas do futuro, podem ser totalmente descartadas. Na física moderna, hoje ao menos temos um argumento plausível. Não podemos mais dizer que o mundo físico torna isso impossível. Sabemos que é possível. Hoje, o desafio é dizer: "Como ligamos essa lacuna?" Os avanços na física teórica são um meio. Mas existe um outro  mais provas. Este pesquisador pode ser o homem que finalmente convencerá o mundo de que o sexto sentido é real. Os cientistas têm pesquisado por evidências do sexto sentido há mais de um século. Se ele existir, não poderá ser mais forte que os outros  sentidos, do contrário, não estaríamos discutindo a seu respeito. Mas se pudermos provar que o sexto sentido é real, sua fraqueza não importará. Isso mudaria completamente a física moderna. Daryl Bem teve uma longa e exitosa carreira como professor de psicologia na Universidade Cornell. Hoje, ele também direcionou seu foco ao sexto sentido. Eu queria trabalhar com precognição ou premonição pois aturdi-me pensar que o futuro possa afetar o passado. Daryl passou os últimos  anos testando tal questão. Uma pessoa fica diante de duas cortinas, é informada que atrás de uma delas haverá uma foto e atrás da outra, uma parede branca. Sua tarefa é escolher a cortina que tem a foto detrás de si. Assim como Dean Radin, Daryl está tentando ver se as pessoas podem antecipar eventos futuros. O computador espera até que ela selecione, e, então, sem trapacear, vendo o que ela selecionou, ele joga cara ou coroa. Na maioria das vezes, o índice de êxito   . Em outras palavras, ela está adivinhando. Mas apenas quando o computador mostra imagens eróticas, os pesquisados preveem o que está atrás da cortina das vezes. Uma pequena, mas estatisticamente importante alteração da probabilidade. Daryl acredita que essa habilidade de pressentir oportunidades eróticas no futuro foi desenvolvida durante milhões de anos. Foi modificada pela evolução para dar uma vantagem no encontro de parceiros. A evolução alicerça-se na vantagem reprodutiva, a habilidade de procurar e ter oportunidades sexuais. Por isso, evolutivamente, faz sentido achar que a precognição ou algo do tipo serviria como vantagem reprodutiva e de sobrevivência. Se ele tiver razão, Daryl revelou um aspecto totalmente inesperado da natureza humana. O tempo pode não correr em uma direção. E o ser humano, sendo um sobrevivente evolutivo, aprendeu a usar isso em sua vantagem. Chamo isso de "sentir o futuro" pois baseia-se no fato de que o futuro pode afetar tanto nossos pensamentos, cognição, quanto emoções. Quando isso foi publicado na revista "Journal of Personality and Social Psychology", o artigo de Daryl atraiu atenção pelo mundo afora. A pesquisa do sexto sentido, há muito à margem da ciência, está cada vez mais algo normal. Há bem mais coisas relacionadas ao º sentido ao nosso redor do que estamos dispostos a reconhecer pois estamos processando bem mais informação de forma contínua do que temos ciência. Sem dúvida, é físico. Está ligado a pequenas quantias de energia, e nos diz que existe uma ligação entre nós e o mundo que nos cerca que não havíamos compreendido antes. Chegamos ao ponto em que podemos mostrar que temos descobertas anômalas. E o que queremos dizer com isso? Significa que não se encaixa à atual estrutura de como conceitualizamos a realidade física. Estamos na fronteira do conhecido. Podemos afirmar com muita convicção de que no âmbito dos fenômenos físicos, algo interessante está ocorrendo. Existe um sexto sentido? Essa não é mais a pergunta certa a se fazer. A pesquisa cerebral já revelou caminhos sensoriais anteriormente desconhecidos. Mas se os nossos pensamentos podem se unir a uma mente global ou se podemos pressentir o futuro, até agora temos apenas fragmentos de provas. No final, encontraremos as respostas pois todas elas estão  Bem aqui.